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novo livro: sonetos para minha pátria




Prezados leitores,


com muita alegria partilho uma cópia gratuita do meu novo livro Sonetos para Minha Pátria, tendo tido a honra do prefácio pelo Carlos Nejar, poeta tão doce e sensível que tive a oportunidade de conhecer. Agradeço também ao nobre jurista Luciano Saldanha e ao poeta e diplomata Davino Sena pelos comentários e incentivos, na contracapa da obra.


A história deste livro é um causo à parte: Nejar havia traduzido 100 poemas de amor de Pablo Neruda, num livrinho da LP&M Pocket. Achei-o na Livraria Cultura, na Paulista, há muitos anos. Eu andava com esse livro no bolso para cima e para baixo, em minhas viagens; eu o abria nos melhores e piores momentos, nas ocasiões que me pasmavam. Esse livro, que de tanto usar ficou bastante surrado – a ponto de ter de comprar outro – me salvou muitas vezes da perplexidade com a violência do mundo, com a indiferença. Como vaticinou Todorov: a beleza salvará o mundo.


Na introdução, Neruda pede desculpas por ter feito sonetos sem rima, o que ele chama de "sonetos de madeira", embora ele achasse que sonetos de amor deveriam ser sonoros como se fossem feitos de cristal, com rima. Mas eram absolutamente lindos e musicais, mesmo assim. Tendo encontrado um motivo para escrever sonetos, busquei as rimas, para atender ao que Neruda poderia ter gostado.


Não me parecem tão redondos quanto os de Embaixador Raul de Taunay, nem tão bem afinados quanto os de Aurea Domenech Bussons, a sobrinha neta de Salvador Dalí: para mim os dois melhores sonetistas da atualidade. Mas ainda assim fiquei satisfeita, pois foram escritos com um sentimento grande.


Espero que possam apreciar também estes sonetos. Desejo que um dia a sensibilidade seja recuperada, e a poesia de amor seja celebrada, pois um mundo sem amor não é mais avançado: é apenas um mundo sem propósito, mais triste.


Agradecimentos especiais à Luíza Manhães, artista que preparou a linda capa da pomba na figueira, e ao velho amigo PR, Ars Ventura, pela arte e diagramação.


Com carinho,


A. P. Arendt.





Dear readers,



I am very happy to share a free copy of my new book Sonnets for my Country, having had the honor of a preface written by Carlos Nejar, such a sweet and sensitive poet that I had the opportunity to meet in person. I also thank the noble jurist Luciano Saldanha, and the poet and diplomat Davino Sena for the comments and encouragement, listed on the back cover of the book.


The story of this book is a conjunction: Nejar had translated 100 love poems by Pablo Neruda, in a little book by LP&M Pocket. I found it at Livraria Cultura, in Paulista, many years ago. I carried this book in my pocket up and down on my travels; I opened it at the best and worst moments, on occasions that astonished me. Such a book, which became quite worn out after so much use – to the point of having to buy another one – had saved me many times from my perplexity with the world's violence and indifference.... As Todorov predicted: beauty will save the world.


In the introduction, Neruda apologizes for having made sonnets without rhyme, what he calls "sonnets made of wood", but still he surprises us, even though he thought love sonnets should be made of crystal, a sounding material, with rhyme. They were absolutely beautiful and musical nonetheless. Having found a motive to write sonnets, I looked for the rhymes, to suit what Neruda could have enjoyed.


They don't seem as round to me as those Ambassador Raul de Taunay usually writes, nor as well-tuned as those of Aurea Domenech Bussons, Salvador Dalí's great-niece; for me they are the two best sonnetists in Portuguese of our time. But still I'm glad with my sonnets, for they were written with a great feeling.


I hope you can enjoy these sonnets too. I wish that one day sensibility will be recovered, and that poetry about love will be celebrated; because a world without love is by no way an advanced place: it would be just a world without purpose, a sad place.


Special thanks to Luíza Manhães, the artist who prepared the beautiful cover of the dove on the fig tree, and to my old friend PR, Ars Ventura, for the art and layout.


With love,



A. P. Arendt.



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