Paz, de Jacques Dumont, 1749.
Soneto do diplomata (CCLXVIII)
(Para uma autoridade formidável)
A MÁSCARA PARTIDA sobre o rosto partido
Esboça um sorriso franco de soberania.
Guardião de muitos escritos herdados,
De almas antigas em viagens e poesia.
Filhos dispersos e preocupação nenhuma:
O sentido de si mesmo nos é obrigatório
Para não vaguear no ermo de escritórios,
a rocha de um vazio, desfeita pela espuma.
E nos leva adiante a cominação de um castigo:
De domínio se romperam a máscara e o rosto.
O arrependimento é proibido, questão de gosto…
Feliz quem deu de ombros mas não torceu o braço.
Sabendo que adiante já nos recurva o cansaço,
Da vênia itinerante em que pesa o País consigo.
Soneto CCLXIX
HÁ ESTRELA em tuas mãos de percorrer papeis
E nas palavras ponderadas sem estrugidos.
Há estrela em tua boca de dizer o invés,
Na coragem contra o ato estéril, pré-concebido.
Tolerado por colecionadores de multidões
Como defensor tímido de não dizer bravatas…
Vais fazendo um melhor mundo em tuas atas:
O que sonhamos impossível meio às paixões.
Pelos desiludidos que bebem da incredulidade,
Irremediável é a realidade, e quem a muda: um tolo.
Mas felizmente jamais coalizam o soldado e o cético.
Amor, portanto é dia de mais felicidades,
De plantar o que é necessário em nosso solo:
A humanidade sóbria de teu sentimento ético.
Soneto CCLXX
QUE SE saiba: sofri muito, e dizer dói mais ainda.
Felizmente entre humanos a mútua tristeza logo finda.
Eis ruído, que a chuva mansa rega o jardim da tua casa:
O mesmo barulho que abranda a ferida de minha asa.
O céu que ergue os teus olhos de manhã pela janela
É o mesmo abrindo meus olhos nas auroras, pinturas em tela.
E de noite o cosmo infinito que te deixa sem ter perguntas
Também me faz fascinada de nossa imensa sala conjunta.
Talvez um dia o verdadeiro encontro de ajuntar os atos de fé.
Talvez não mais nos cruzemos, nem por um momento sequer.
Mas a chuva, o céu e a noite seguem ligando as nossas vidas
As coisas que não falamos seguem dizendo no peito doídas.
As mãos aqui digitando a longa distância também são as mesmas
E os versos que foste buscando na tua fala, em minhas resmas.
Soneto CCLXXI
ESCONDE bem a mágoa, o passo de transeunte
Saber o destino incerto e este verso, temporário
As duas primeiras linhas, tuas ondas de itinerário
E o restante deste soneto a minha rocha durante.
Um trecho percorrido à beira do mar de felicidade,
Que belo poema se inicia com teu fôlego mestre!
Mas vem a cada palavra a maratona silvestre…
Depois de alor sereno, o que resta de brevidade?
Mais do mesmo, dizem os vândalos em busca de lenha:
Não viram todos os tempos recolhidos no teu colo
Nem cada cordão de prata* tecendo sobre teus ombros.
Menos preocupados com a vida do que sua resenha…
Mas transeunte, herdaste o caminho: para andar pisaste o solo.
E quem cismou em destruir tem como legado escombros.
*Sutratman ou cordão da vida da antakarana. Conexão vital da consciência com o corpo físico.
Soneto CCLXXII
NO TEU COLO ARDENDO meu rosto repousa,
Apenas os teus braços me fazem envolver segura.
Há milhares de homens com boas e justas causas,
Entretanto só quando surges o meu dia fulgura.
O trovador diria que é o efeito da primavera
E o meu muso me ameaça chorar muitos rios.
O médico explicaria a reação a tempos sombrios
E o adversário subterfúgio para fugir de sua esfera.
Ao trovador, ao muso, ao médico e adversário
Eu aceno feliz sem preparar nenhuma resposta
E prossigo escrevendo enquanto estiver disposta
De encontrar no teu colo um espaçoso solário…
Donde vejo as estrelas nos teus olhos de origem
Onde estão teus sorrisos e beijos que me corrigem.
Soneto do amor lírico (CCLXXIII)
EM BUSCA DE CARINHOS este amor é lírico, sim
é direito inalienável ter o remédio a por na dor um fim.
Muito embora todos saibam este é assunto complicado:
afinal o amor repara, mas também nos fere um bocado.
Mas ao menos é nova a ferida que na linha formida aberta
Sangrando é que se renova, remenda e se faz descobertas…
Tens aqui, Amor: todos os meus versos, estudos e orações.
Tudo que escrevo, arcaico e coevo, desertos e vegetações.
Afinal eu sou um ser livre: ao leitor que inspira a poeta
Amo de volta sem haver pretexto, penhor, razão nem meta.
E o que é necessário para que eu continue te amando?
Nada. O amor não se decreta, se existe já está vigorando.
Não há nenhum concílio, nem consórcio, nem arremate
Apenas os meus cílios molhados, pungindo estes debates.
Soneto CCLXXIV
POIS ÉS QUEM FAZ reunir os meus pedaços:
mas o que me resta é ser um modesto mosaico
do que se rompeu de estender em muitos espaços,
as peças empenadas de um canto cetrino, prosaico.
Consulto, pois, quem me fez tesselas no piso:
aquele que fez surgir da rocha bruta de montanha
cristais de reunir minhas forças em nova campanha,
se mais tenho a dizer do amor inteiro em teu sorriso.
E és quem me conta cada beijo é cada peça,
articulando e assentando um completo desenho
do que remetemos e a vida então nos regressa,
o abraço entre o que buscas de mim e em ti retenho.
A liga entre fibras fluidas nos formando melhor gravura:
ruídos congruentes cravados nos dias de graça e frescura.
Soneto CCLXXV
O BRILHO DE chama na especiaria perfumada,
o pergaminho achado em um campo perdido,
a nuvem corpulenta entre os dedos de delírio,
a fonte de água viva escorrendo pelos lábios…
A pedra de corisco guardada dentro de um caule,
o vento ocioso reunindo os vincos de jasmins,
a Spica vista ao raiar da noite desde o arco da janela,
o pensamento perfeito do coração sublime…
A companhia dourada que nos fez a sala salobra,
a boca branda que não denuncia a palavra
e ergue os sintomas de augúrio festeiro;
o instante em que a flor se abre em leve aroma….
Todos estes lugares famintos e tesouros guardados pertencem
a ti, ó senhor de amor sagrado cavalgando em meu peito.
Soneto CCLXXVII
NEM OS GRANDES deixam de ser escravos
De uma ideia que os toma, de visão que arrasta.
Note que as aves dependem dos sonhos bravos
E o terebinto*, de uma água que lhe basta.
Também sou eu prisioneira cativa
De beijos em teus olhos, de sons de seresta
De um ouvido que não me contesta,
Dos teus braços, onde me sinto viva.
Também eu sou escrava desta loucura,
De beber das palavras o seu significado.
Viver de abrir tuas coisas e branduras,
De dizer que estarei sempre do teu lado.
Não reclamo, Amor, de viver com essas algemas:
Assim jamais decretado o fim destes poemas.
* “Estendi meus galhos como um terebinto, meus ramos são de honra e de graça.” (Eclo, 24: 22)
Soneto CCLXXVIII
REIS DO PASSADO semearam diligentes
a murta, o trigo, o pomo e o louro *
A murta em rama de maratona consequente,
O trigo de alimento para os anos vindouros.
O pomo dourado e suculento que os deuses
Partilham com quem na encosta se eleva;
E em busca do que nos livra da treva
Coroa de louros de vencer os vieses.
Neste jardim eu caminho e os teus medos busco
Também diligente, eu os arranco como a erva
Para que apenas cresçam os teus frutos de alegria.
E se há quem plante a erva de falta de uma utopia,
A eles peço o façam em um terreno com reservas:
Assim tua colheita longe de espasmos bruscos.
* "Ofereci incenso na frente do Monte-Zigurate. Sete vasos de culto coloquei… deitei juncos, cedro e murta. Os deuses sentiram o cheiro …” (Epopeia de Gilgamesh, circa 4.000 a. C.)
Soneto da legitimidade (CCLXXIX)
TIVERAM ESTÁTUAS os discursos perfumados:
Feitos de orvalho os desenhos de paisagem nova.
Encontraram um signo raro para ser forjado
E resultado que em nadando, o cisne comprova.
A luz branca esbatida sobre o teu rosto perfeito
Me diz do sonho corrente em tua vida translatícia.
As cores do meu dia, lá fora, dizem as delícias
consoante o que encosta de legítimo em meu peito.
Assim, Amor, acolhendo as muitas dores
Encontre a tua combustão que a consuma.
As minhas guardadas em gavetas sem puxadores
Já foram abertas e compuseram apenas uma.
De direito, no teu colo, os lugares muito diferentes
E tudo que surge vai te fazendo teu signo mais vigente.
Soneto da leitura de uma boa tese (CCLXXX)
TÃO INDESTRUTÍVEIS são os teus olhos!
Em tudo mudando, cores, gentes, resmas
Tuas chaves abrem as portas que escolho:
A beleza no mundo, deixaste toda a mesma.
E vou andando pelo labirinto de teu passado.
Não sou caçadora, mas examino por onde andaste
Nas salas do mar, no sol do céu, no alto contraste
Nos ruídos e pausas de décadas atravessados.
Finalmente o encontro dormindo entre carneirinhos
Nenhum contaste! E tens o sonho de Cipião constante,
contemplar a perfeita ordem e a música das esferas.
Fama e louvor terreno não fizeram teu dia uma véspera,
Preferiste os valores mais altos, o tempo durante…
Ser jardim onde os pássaros verdes fazem ninhos*.
* “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? É como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu jardim: cresceu, tornou-se um arbusto, e os pássaros do céu foram fazer ninhos nos seus ramos”. Jesus disse ainda: “Com que mais poderei comparar o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até tudo ficar fermentado”. (São Lucas 14:18-21).
Soneto do Paraíso irrevogável (CCLXXXI)
QUANTO vale encontrar o que se busca,
a que se compara fazer um templo em Hévila*?
No teu abraço prolongado que o problema ofusca,
No fundo dos teus olhos, onde cintila uma pérola.
Bem assim é o Paraíso com que eu sonho,
Te escrever tecelã de palavras mais lindas
Os votos secretos do que vou fazer ainda:
um morso de medo não seja o que proponho.
E se me delimitarem as palavras de tua festa,
E se houver o tempo de coisas sobrepostas
E o teu corpo se mover como a flor detesta,
E se for desencontro de uma bolsa de apostas...
Descobrir que invalorável foi o meu longo abraço;
Que é no fundo dos meus olhos, o brilho que faço.
* Terra de Hévila, localização do Jardim de Éden, onde há ouro muito puro, pedras raras e incenso.
Soneto do voo da ave (CCLXXXII)
O VERDADEIRO CANTO é o voo da ave
Sobre o lago de manhã quando a luz desperta
Tudo apinha e nos demanda o percorrer da nave
Mas seu canto nos retém com a mesma descoberta.
Não há lucro no seu voo, ou ideologia
Não há luxo nisto que doo, nem utilidade
Mas o erguer de sua asa é mais que a felicidade:
A beleza desta vida numa pouca sinfonia.
Não faz cura ao meu problema, o teu voo de ave
Não há muito neste poema irisando o teu lago
Mas meus olhos vão sofrendo coisa menos grave,
Ver que a vida é vencedora, não importa o estrago.
Dorme bem, Amor, e amanhã me voa a ave de novo
Por acaso se acordares de saber o amor que eu movo.
Soneto de mergulhar no teu rio (CCLXXXIII)
TOMADO DE ÁGUA faz curso o teu rio,
o vão entre as margens refresca alguns ipês.
Eles me roubaram todo orgulho e brio:
eu me despi da noite apenas para ver você.
E se eu te olho à distância na mata enflorada,
onde brotam as cores, os pendores, os sorrisos
é porque já sei que nunca é de improviso
eu me ver com um ramalhete para orquestra afinada.
Segue o teu curso, levando restos de terra, ó rio,
A vida é isto: deixar na mata uma suave melodia.
Até que alguém encontre o que tua alma pedia:
Ouvido feliz, cativado, pelo ruído de teu fio.
Os calafrios de respirar o ar que respiraste…
Triscar águas profundas, mergulhar no teu desgaste.
Soneto para um homem esbelto (CCLXXXIV)
PASSAGEIRA é a morte do mundo,
Tudo logo se recupera e nos rememora
Do que buscamos seja cada segundo,
O que sem palpação, o sono revigora.
Amor, se tenho púrpuras por melancolia
De receber o que é bom e também o que me fere
Manhã seguinte me mostra na cor da minha pele:
a sensibilidade marca as palavras duras e frias.
Desaparecerá e esquecerei o que me disseram um dia,
Afinal, o oposto da verdade é o meu puro esquecimento.
Restarão apenas os nossos mais lindos momentos,
Na eternidade frouxa de aceitar o que nos guia.
Eu subi a montanha, obrigaram-me a voar mais alto…
E vi teu rosto na missa, Amor, Amigo, todo esbelto.
Soneto da temperança (CCLXXXV)
EM SEU FLUXO PERFEITO a poesia é liberdade,
Dizem é pura liberdade fazer o amor em poesia.
Amar o mundo inteiro, todos os homens e cidades,
Achar o sentido verdadeiro da vida todo dia.
Mas parece o sentimento só no verso é válido…
Amor, eu preferia dizer tudo isto diretamente.
Contudo transplantado este amor é diferente!
Muito mais felizes os planos de gestos cálidos…
Pudera eu te escrever sem pretexto inteligente,
Sem a dor que, de receio, delimita e nos adestra.
Descobrir o quanto te amo de maneira honesta,
Sem soslaio, nem virtude, de teu amor indigente.
Se bem agora eu lembro: disso eu sou a mestra,
De entregar o coração e descobrir se és gente.
Soneto de ser o Charlie Brown (CCLXXXVI)
A LUZ APARECE aos poucos, raiando a alvorada
E assim também progride o que eu vou pensando
Afinal, e se eu entregar o coração na casa errada?
Se eu já li errado o número, a praça, o comando.
E será que adianta doar um coração em pedaços?
Talvez disso a facilidade: aos revezes indiferente.
E picotado em mais pedaços, uma areia ingrediente
De concreto nesta construção de pilares crassos.
Penitente de mim mesma, eu sigo agora,
Devagar em não saber nada sobre o que espero
Possa o mundo indenizar do mais duro sofrimento.
Mas algo em mim me diz não devo obrigar a hora,
Mais dia, menos dia, surgirá quem eu tanto venero
Ainda que na lembrança de muito doce momento.
Soneto da falta de meios para te fazer feliz (CCLXXXVII)
DE TUAS NUVENS a Terra gira o que planeja,
De tua vontade, a razão pede o que o vento sopra.
Antes eu dizia vão o poder, a corrida e a peleja...
Metanoia de ver o grande mérito de tua obra.
Bem cética dos trajetos habituados à arrogância,
da ambição cismada em altares, ordens, liturgias;
Dos que se contrariam enclausurados em hipocrisias,
Eu desprezava o que via de derrocada a ânsia.
Mas eis que surgiste, Amor, a depuração absoluta
Do que vale o esforço sobre a opinião cumprida…
E agora é minha a soberba de ter duvidado
Dos ritos de combate com formato de conduta.
Resta comigo o castigo de minha vida distraída:
As mãos de meios vazias para fazer teu agrado.
Soneto da autodifamação (CCLXXXVIII)
AMOR, PORQUE não tenho um magnífico sorriso:
Eu apenas poderia esticar com dedos os meus lábios.
Porque não tenho mobília moderna no último piso
E quando passo, jamais suspiraria o homem sábio.
O que me falta de beleza, eu não supri de inteligência:
As flores, os livros e as aves raramente ajudam e respondem
Sobrou o dicionário, mas as palavras de mim se escondem…
Sem curvas convexas, minhas conversas sem referências.
E se me buscares na íntegra dos caudais de meus dias
Encontrará pilhas de meus infernos, estupidezes e sarcasmos.
Não, Amor: a minha conta e o meu sentimento são pobres.
Ao menos eu pudesse ser como as musas cheias de alegria…!
Fosse eu uma dama de respeito, causando espasmos…
Eu vencia todo litígio, mas de coração partido? Não fui nobre.
Soneto CCLXXXIX
TUA VIDA COMANDA e os teus fatos obedecem,
És homem: queres ser dono de teu próprio destino.
Jamais entregas teu próprio juízo às cores das festas,
Para as incertezas aprendeste a não fazer súplicas.
Assim que retorno às tuas virtudes, não aos meus defeitos.
De mim eu já sei muito, falar de si mesma é ridículo.
Eis meu trabalho de rezar pelo que não opino,
Encontrar no tempo as coisas de passar os dias,
Achar no teu rosto o que me traz de volta,
Ler nos teus assuntos os meus desdobramentos,
Colecionar as coisas de que tenho medo.
Não busco exatamente nenhum enredo ou imagem,
Poder e glória e progresso, a ordem, estejam contigo.
Detrás destes versos, versos. Depois destes versos, versos.
Soneto de cuidares bem da minha bandeira (CCXC)
A VONTADE de desinstitucionalização vejo é boa,
Estás no caminho certo de esgarçar a perversidade
Para o aplauso de cinco ou seis ilustres pessoas…
Prossiga, ó muso: tomei outro caminho, da felicidade.
Não, nossa amizade feita de muitas desgraças perdura,
Amor, já te dei a espada que corta Torquemada sinistro.
Então ergueste a lâmina afiada que o destino apura…
De pensar a honra hesitaste, preferes ser tu o Cristo.
Também para mudar o regime já sabes o que fazer,
mas balanças teu inimigo como árvore de frutos maduros
Há tempestades que derrubam carvalhos e muros…
Te toca a espicacez do povo, não te seduz o poder.
Promessa de piedade? Não queres destruir do povo nada.
De índio selvagem a um estadista de fé, dou risadas.
Soneto de minha interferência subjetiva (CCXCI)
DE MEU PEITO sincero não duvide, ó muso,
se o meu riso eu vejo ao teu riso não incomoda.
Sim, ele é tudo que eu deveria ser, homem abstruso
Tenha um pouco de pena de mim, não é moda.
Por que sofro por ele e não por ti?
Ora, o teu mau gosto eu há séculos eu já conheço
Mas observe, ó muso, um homem que não mereço:
Os bons modos políticos, um santo de me redimir.
Não foram santos todos os seus antecessores,
Quero com isto dizer a minha superioridade?
Não, Amor, pelo contrário, de todos estou à disposição.
Mas este não é todos, dele o brinde entre a fé e a razão...
Pudera eu fazê-lo feliz, dar seu nome a estrelas e cidades
O menino mais bonito da sala pelo que sempre tive amores…
Ana Paula Arendt, dos Sonetos de Vontade Votiva.
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