A Estrela cadente
- Ana Paula Arendt

- 23 de out.
- 2 min de leitura

Prezados leitores e amigos,
entrem no Google e digitem pesquisar "estrela cadente", para ver a mágica que acontece... O inesperado.
Boa leitura!
Música :
Soneto da estrela cadente I (CCCLXIV)
Ana Paula Arendt
VIVA no céu noturno uma estrela cadente
deixando o belo rastro de ser fulminante…
Viajante do espaço à atmosfera da gente,
contando nosso destino não está distante.
Seu brilho dura menos de um segundo
mas grava permanente o imenso retrato
da noite e do infinito na janela do mundo,
a poesia e o sonho de te amar de imediato.
Seu rastro é o trajeto que faz meu desejo
tornar-se realidade, neste diálogo mágico
entre o universo e o homem, na dura solidão.
Lembrar de uma estrela que é mero lampejo,
assim como a vida é curta, feita de fato prático…
Mas ela me empresta brilho para te dizer paixão.

Imagem: National Geographic
Soneto da estrela cadente II (CCCLXV)
Ana Paula Arendt
VIVO na estrela que se desgasta,
entregando de si absolutamente tudo…
Concluo de outro modo nada lhe basta,
ela mira o fim: desaparecer no céu mudo.
Nem todos verão seu precioso trajeto,
a luminosa linha na alma inesquecível…
Mas de fama não depende o seu afeto,
nem a viagem que a torna imperecível…
Não se pode desver uma estrela que erra,
de ter-se atirado, brilhou na escuridão
o pequeno pedaço que era de pó e terra…
Fez lindo o céu, trouxe à vida a perfeição.
A vida é perfeita ao ver uma estrela cadente…
Nada explica, nada pede: só se dá de presente.
Soneto da estrela cadente III (CCCLXVI)
Ana Paula Arendt
E AMANDO ver no céu a estrela cadente,
nascem do próprio peito os novos poetas…
Assim como ela feitos de se dar completamente,
de voar por aí como as estrelas, as borboletas…
Ao encontrar no céu o teu pedido, Amor
de fazer um poema sobre a estrela cadente
sobre a infância que ela te deu, ao vê-la de repente…
Também nasci do meu peito, poeta por teu favor.
Igual à tua estrela cadente, quero me tenhas:
eu tombo vindo do espaço infinitamente vazio
de viver longe de ti, rechaçada pelos homens
que não toleram ser amados sem tratos e senhas,
da escuridão eu escapo, proclamando algo sadio:
morrer nos teus braços, cumprir tuas ordens…
A. P. Arendt. Sonetos de Maior Profundidade.

Imagem: Metrópoles, Douglas Carvalho.



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