A janela, a natureza e o ofício: a poesia feminina de Thais Matarazzo, Kori Bolivia e Ana Maria Lopes
por Ana Paula Arendt.
Muito já se falou sobre a escrita feminina, e frente a tantas coisas bem ditas, eu não tenciono dizer nada de novo. Mas sobre a poesia propriamente feita por mulheres, poucos escrevem - salvo pertençam as mulheres a um círculo de características que as promulguem pela exceção: o lesbianismo, a sensualidade e a morte trágica. Isso me entristece, porque a egolatria do público ignora o apogeu que existe na obra das mulheres.
Pois escrevo sobre mulheres, mulheres mesmo: aquelas que vejo como colegas, professoras, vizinhas e mães de família, algumas ainda esperando ser mães futuras, já outras, mães duas vezes: avós. Vozes de mulheres que urgem, para nos embalar na vida. Coisas que a um homem, por mais talentoso fosse, não ocorreria fazer. Escrevo sobre algo que posso encontrar de comum no que só mulheres poetas fazem; que foge dos estereótipos com que os homens querem criar nomes, para reconhecê-las.
A primeira poetisa que me chamou a atenção, a ponto de pensar que deveria escrever sobre o trabalho dela, foi Thais Matarazzo. Provavelmente os poetas mais proficientes na pluma e já alçados a grandes trabalhos não conseguissem enxergar nos poemas dela algo em que pudessem desenvolver uma resenha, porque até o momento os grandes não o fizeram. Mas digo da simplicidade de seus poeminhas, da qual posso falar durante muitas e muitas páginas.
Comecei a vê-la observando os seus livros dedicados a falar de cidades, com vozes de muita gente, como num tempo em que a vizinhança existia: quando a cultura era feita nos encontros de rua, e havia histórias contadas ao pé do alpendre, sobre a cidade e sobre as pessoas que vivem nela. O Brasil preservado e a salvo. A linguagem em língua portuguesa, cujo teor alcança todos. O teatro com roupas retrôs, e as capas dos livros despretensiosas, de editora própria, me fizeram comemorar que alguém mais fizesse isso intencionalmente, bem longe da ditadura estética e das promessas de glória das grandes editoras: o espaço para se crescer livre a alma. E vozes de rádio, e histórias finalmente de homens e de mulheres negras: não como uma lição inclusiva, nem como política afirmativa, ou em função das expectativas de vendas e resenhas nos jornais de grande circulação. Apenas porque foram pessoas de destaque, porque de fato fizeram algo digno de nota e merecem reconhecimento pelo seu mérito. Vez ou outra, uma foto de Thais Matarazzo em seus vestidos de boneca, segurando com braços de mãe um pássaro: aliás, era um pássaro na capa do livro.
Para mim, esse trabalho da autora é visivelmente revolucionário, porque resgata a sociedade no seu significado original e o seu sentido mais primitivo: ser espaço de felicidade e convivência, o lugar de brincar e do lazer comum. A palavra visita. Gente nas bibliotecas. A poesia paulista e paulistana, a poesia mais simples que tive a felicidade de ler na vida.
O seu encanto por histórias de princesas de verdade, e por dinastias europeias e russas, também me chamou a atenção como algo incomum. Com a expectativa de uma noveleira eu chegava surpresa ao final dos poemas sobre os problemas sofridos por mulheres de um tempo distante, sem finais felizes. Só a realidade, mesmo, nos dizendo o preço caro da deferência. Mas ainda assim, na voz da Thais Matarazzo, de nossa Wendy, ficamos retidos na Terra do Nunca, como se o fato da história ter passado há muito tempo nos consolasse. E há gostos de coisas de vila nos versos: de polvilho e leite condensado. Alguém mais além de mim deveria ler essas coisas puras, antídoto para sair da esfera vulgar dos embates políticos e apreciar o café na cozinha com a amiga. O trabalho diuturno de divulgar lugares de história preservada; de fazer cultura do zero.
Fazer da cidade um espaço seguro começa por reconstruir todo esse edifício social no qual as pessoas se dignificam, no qual se ofertam e onde escolhem os objetos prediletos de nossa atenção. As imagens dela que nos trazem de volta ao que é comum, o agir para resgatar o senso comum, sem cálculos, são amparadas no quotidiano e na rima simples, são muito valiosas. A poesia dela é o afastamento do drama, o combate à violência urbana mais efetivo, a prevenção do conflito mais perfeita: o convite a passear pela cidade e a fazer livros. Um homem, por mais bom poeta fosse, jamais conseguiria fazer isso: um caminho para as pessoas andarem ao encontro do vizinho. A palavra amizade.
Eduardo Galeano nos fala de ninguéns: aquele senso de sobrevivência, de encontrar elogio no sofrimento, o embelezamento da pobreza, a busca da solidariedade sob a política que não se move, a urgência dos encontros para elevar-se, o discurso de cidadania e a escrita para um público; tudo isso é totalmente ausente da poesia de Thais Matarazzo, pelo que talvez o pensamento político de moda a abandonasse como secundária. Mas meu coração diz outros tempos: em que o sorriso das pessoas deve ser alçado nos lugares onde vivem e podem viver. Talvez esse seja hoje o grande luxo com o qual ela nos presenteia, a elegância da simplicidade. A cidadania sem dizer-se, como resultado do convite ao outro, de fazer juntos coisas de cultura. A poesia é a palavra em movimento.
E longe da mesmice narcísica das resenhas contumazes, ela aprecia a vista de um almoço com a família na Avenida Ipiranga, nos brindando com a vista ampla do alto do Terraço Itália sobre a vida das pessoas. Lança um livro, faz piadas e surge em uma palestra. Essa nobreza da disponibilidade de ser alcançada me inspira. Muitas pessoas podem aprofundar, analisar e conferir sentido ao sofrimento; mas apenas uma mulher é capaz de dominar e subverter as tragédias.
Sobre a obra de Ana Maria Lopes, é difícil escrever com palavras, porque o que mais impacta em sua poesia é a leitura que ela faz de si mesma. Num Chá com Letras na Embaixada da Índia, a convite do poeta Abhay K., eu bem me lembro quando comecei a levar a poesia como algo a sério. Foi quando a ouvi declamar um poema seu aos amigos literatos. Ela mudou a voz de repente, e como um oráculo saído das profundezas de uma civilização antiga, lia a fenda de si mesma. Dizia cada palavra como uma honra bela. Fiquei impactada muitos dias, talvez meses.
Eu já estava habituada a ouvir a poesia de meu tio, suas declamações com verve muito bem pausada e a leitura, por assim dizer, de respeito completo ao verso: fora da escolaridade com que muitas pessoas leem versos de outrem, querendo dar aulas sobre a vida. Mas a declamação de Ana Maria Lopes de seus poemas era coisa de decana, a voz dela vinha do ventre profundo. Pensei em filmar, mas daí eu perderia apreciar a leitura e certamente a gravação não captaria aquela linguagem que vibrava nas pessoas e em mim mesma. Nunca tinha ouvido uma mulher declamar antes dela, foi a impressão que tive. Sensação de ver pela primeira vez o mar, em sua força primeva.
Ela tem poucos livros ainda, o que nos faz ansiosos por mais, e o leitor não adivinha o que há neles, se buscar descobertas apenas nas palavras do texto escrito. A grande graça é ler sabendo e ouvindo a profunda voz dela.
Eu tentei ler meus poemas sozinha, com a mesma seriedade para mim mesma, para imitá-la. O fato é que quando leio meus poemas, nunca sai lido igual à voz que tenho quando os escrevo. Recentemente, a secretária da Associação Nacional de Escritores, D. Lisieux, abriu um livro meu e começou a ler bem fortuitamente um de meus poemas, com a voz que eu escrevi; fiquei maravilhada que finalmente ouvisse um poema meu, com o mesmo fundamento da voz com que escrevi. Mas ponderei comigo: sou dependente de que o outro me encontre. Com a Ana Maria Lopes é o contrário: ela é dona de si mesma e domina a própria voz. Professa seus poemas.
Eu me lembro como hoje da sua voz possante enchendo aquela sala imensa, muito ampla, da Embaixada da Índia, se prismando nos corpos das pessoas.
Isso me faz pensar, se na poesia, as mulheres têm um caminho pela frente, se será possível um dia que eu tenha a maturidade de me ler com o mesmo fundamento que escrevo. Qual o aprendizado para chegar ao nível dela? É o tipo de coisa para o qual talvez não exista escola, a lealdade a si mesma, com a qual ela supera a noção de arte como artifício e se torna a pura expressão de uma força da natureza.
Houvesse uma escola de poetas mulheres, haveria um público para declará-la insuperável.
Eu poderia transcrever alguns de seus versos que me tocam muito, mas seria trair a poesia dela. O leitor merece ouvi-la e ter seus livros completos.
A Ana Maria Lopes também tem uma iniciativa moderna de sororidade, a Editora Maria Cobogó. O leitor rapidamente classifica: mais uma poeta de rumo alternativo. Nada disso, amigo leitor: a poesia é precisamente isso, desde os tempos imemoriais: a alternativa a tudo. Cristalizada na sua iniciativa está o jeito de ser descolado brasiliense. A Ana Maria Lopes tem um caminho voltado para o fortalecimento de agendas afirmativas. Penso essa é uma atividade também importante, a reivindicativa; pois por mais enseje uma reação contrária, a reivindicação faz parte do movimento de obter direitos e, sobretudo, o direito à voz. Sem essa disposição, as mulheres dificilmente votariam hoje. Vez ou outra, eu sinto o sopro de sua brisa. Entro em sua página para ver o que está fazendo e me recordo de suas palavras generosas. A sua poesia é um mergulho em si mesma, mas um si mesmo que abarca muita coisa.
Por fim, conto-lhes da poesia de Kori Bolivia. Ela poeta profícua, muitos livros em português e em espanhol. Sua origem, como anuncia seu nome, é boliviana. Seus traços a denunciam de pronto a quem a encontre, ela é um país consagrado em uma pessoa, caminhando pelas entrequadras de Brasília. Isso foi o que de início mais me impressionou, ver um país em uma pessoa.
Para uma diplomata, isso é matéria para muitos ensaios e estudos. Como uma poeta, um poeta, consegue encarnar em seu corpo e culminar em seu modo de ser, de dizer e de viver, o seu país? Os segredos da representação mais profundamente enraizada e sem esforço algum. Ser seu país. Muitos amam o lugar em que nascem; poucos o carregam, no seu modo de ser, consigo.
Ela é uma poeta de regra e que assumiu o ofício, dentro de sua obra está o pincel da saga. O seu modo de ser é respeitoso com a arte do que faz em todos os aspectos. A sua casa é linda: nela se adentra o mundo decorado pelos poetas reconhecidos e experientes, e nos seus olhos tranquilos, há o desgaste sagrado dos anos que lhe esculpiu a visão formosa sobre a vida. Os mesmos totens de Mamãe.
Nos livros de Kori, há muitas e muitas cidades, as paisagens de sonho, vistas por cima das casas. Os lugares onde apenas se chega e se conhece por meio dos versos, com sons de ressonar do verso na alma. Mas o leitor provavelmente tampouco vai encontrar, apenas lendo seus versos, tudo que está contido neles. Como ela é uma poeta tradicional, tendo sido já Presidente de Academias e membro de várias cada poema também está interligado com grandes mudanças na nossa realidade. Ela abraçou, como os grandes poetas, a humanidade, e como resultado está em sintonia com o mundo e com as suas preocupações, felicidades e tragédias, a ponto de que seus poemas manifestam as linhas com que os movimentos em grande escala mundialmente ocorrem. Portanto o que se passa dentro dela, na linguagem dos sentimentos e emoções, passa-se também ao seu redor, mas o seu redor, ocorre, é algum país recôndito emergindo clamores, é o Chile e a China, a Bolívia e o Brasil, os Estados Unidos, as muitas Américas, o mundo que ela frequenta e transita nos encontros de poetas por toda parte, e os quais ela retém e acumula para escrever com síntese. Na sua poesia há muitas imagens e nelas uma coisa especial: um só mundo.
Ela é acadêmica, ostenta a paixão do verso e gosta dos deveres. Os poemas também são registros da relevância de seus bordados. A sua leitura de seus próprios poemas tem uma função de existir, e ela os lê de si para o outro, deixando o espaço de que o outro seja e a veja. Vê-se também recolhida e frequentadora da torre alada. Gosto muito quando ela escreve e, com muito empenho e solenidade, declama. A sua voz estabelece o padrão com o qual a poética se distingue em relação à prosa.
E quanto às dores femininas de crescer como poeta? O sacrifício que bem sabemos uma mulher faz ao se apresentar portando versos e escancarando o que se passa por dentro. Uma colega poeta africana muito jovem, Ginessa Dosseh, ainda nos seus vinte anos de idade, confidenciou-me que, ao escrever seu primeiro poema e divulgá-lo na sua mídia social, como me via fazendo, teve um susto. Recebeu ligações instantaneamente de seus familiares. Queriam saber se estava bem, por causa de todo o sentimento que ela colocou nos versos, dirigido ao amado, ao mundo, ao universo. Ela me contou ter ficado ruborizada ao ser interpelada pelos familiares e amigos próximos por algo que escreveu em seu íntimo, e ficou sem saber o que sentia, frente às prontas intervenções que as pessoas de seu convívio fizeram junto a ela buscando esclarecimentos, como se o poema refletisse uma falha em sua vida ou um problema, e não o intento de compor consigo algo que resultasse em uma obra de arte. A poesia pode ser de início algo que nos fragiliza. Não raro faz surgir expectativas de que ela surge de algo na vida da mulher disfuncional; e com isso muitos buscam a exaltação da disfuncionalidade, talvez imaginando que assim as perenizam: pelos extremos. Como se os sentimentos femininos não pudessem estar intrinsecamente ligados aos grandes acontecimentos.
Eu muito pronto me recordei de quando se passou o mesmo comigo. Meio ao prazer de escrever, havia esquecido. A poesia me apresentou muitas faturas de um grande sacrifício de continuar escrevendo. O estranhamento foi passando com os anos e com o reconhecimento que, por solidariedade, os amigos e colegas de ofício nos ofertam; com o tempo o estranhamento foi se transpondo de um embaraço a um orgulho de algo feito com afinco. Mas eu bem me lembro que as pessoas mais ressabiadas em constatar que eu era diferente do que exigiam não voltaram à minha vida - talvez para o meu próprio bem e integridade. E o espaço vazio que tentamos preencher dessa ferida moral, quando encontramos quem nos descarta pelo que fazemos… É o buraco no qual temos que pensar palavras e novas fórmulas, para não cair no próprio abismo. Na poesia dessas mulheres, eu constato com alegria que elas se curam dos laceramentos de viver bem a vida e se alçam no horizonte que elas criam.
Vez ou outra fico atenta ao fardo do menosprezo, quando ofertamos a poesia como algo no que destilamos o que de mais vivo há e o que de melhor temos. Por isso eu ergo este texto, estampados com seus lindos sorrisos, e nos exalto contra a estupidez que resta no mundo. Dessas dores que vivemos de ter escrito o que sentimos, de não ver saída senão a de insistir nesse caminho sem volta, de ter aparado mais arestas do que recebido alimento… Toda mulher que se doou à poesia e à vida, suponho, em algum momento bem sabe. E talvez o silêncio reverberado de indiferença, quando não alcançamos quem mais queremos, seja a dor mais pungente desse caminho. A esperança, contudo, pertence ao peito de quem ama escrever versos; o tempo da poesia é o infinito; e vencer a distância, o seu motivo.
E nisso eu me lembro de Jorge Luis Borges, mas eu explico o que faz um homem aqui. Na obra poética dele, quando o leitor avança, vai notando a sua insatisfação paulatinamente, de não conseguir o mesmo resultado que obteve com a imaginação nas suas histórias, ao se lançar no texto poético que escreve e do qual, sendo Borges, não desiste. Escrevendo sobre essas poetas, eu me dou conta do que ele tem falta. É que talvez os versos que mais nos encantem, aos autores que escrevemos, sejam aqueles saídos dos lugares de nossa maior vulnerabilidade. Voilà. Ele quis escrever poemas bons, mas não parece ter se tocado disto, apesar de ter o Neruda como um exemplo escancarado: de como um poeta deve se entregar ao que escreve nos seus momentos vulneráveis, para obter um resultado satisfatório. A Thais Matarazzo, a Ana Maria Lopes e a Kori Bolivia têm personalidades muito distintas, mas suas obras, as quais tiveram a delicadeza de partilhar comigo, têm em comum essa virtude: se entregam ao que fazem. Sendo femininas, se tornam vulneráveis; sendo vulneráveis, alcançam fazer com suas mãos o elixir da vida, a boa música que nos toca a alma.
Hoje em dia, a obra de poetas é avaliada com base na análise dos livros, textos e artigos, sobretudo linguística. A poesia feminina, também é explorada em resenhas e artigos desde o que consta cpor mulheres escrito. Mas eu vejo que essa dimensão dos passos, e não apenas das palavras, é parte também da poesia que vai além da seção da biblioteca com esse código registrado, da poética que o escritor concebe como artista, e que seria importante que não se reduzisse o teor da poesia apenas aos versos. Os antigos, nas suas próprias obras, incluíam no meio de seus textos as visitas, a convivência, os encontros e as pessoas que ao seu redor faziam com que se movessem adiante, o que nos evoca uma civilização, um cenário, um tempo; algo muito maior do que as ideias propriamente buriladas em seus trabalhos. Também os grandes poetas franceses, parece-me faziam esses registros costumeiramente, embora de um modo menos espontâneo e, pelas expectativas, calculado. Eu vejo contudo que essas mulheres conseguiram entender que a poesia vai além do teor do livro publicado, que é uma forma de estar e agir no mundo; talvez de tolerá-lo, torná-lo um lugar melhor para se viver, menos bruto, de transformar nossas reações em algo digno. E observei que o fazem desde um lugar de autonomia. Por mais não tenha sido ainda destrinchado o legado de cada uma delas, em construção, sabemos que isso terá alterado perspectivas, fundamentalmente a forma como as pessoas em seus tempos veem e leem a poesia feminina. Seria conveniente reduzir o que nos é característico a delicadeza e sensibilidade, apenas? Por essa razão me pareceu necessário escrever a respeito delas.
Porque eu as admiro, essas três poetas, de um certo modo, me regem. A janela, a natureza e o ofício. A colega, a professora e a autoridade. Nelas eu bebo de frescor e juventude. O prazer de ser leitora em busca de inspiração. Quando abro seus livros e coletâneas, eu as vejo cada qual na sua escrivaninha, com a pluma na mão. Por vezes me pergunto como seria se o trio se conhecesse. As moiras? As três marias? Elas seguem contudo cada uma seu caminho, nos seus habitats bem definidos e personalidades distintas, sabendo ao longe que existem e se tangenciando; e eu fico imaginando os seus mistérios. Eis, neste texto, o encontro. As mulheres enérgicas e cheias de personalidade que a gente enxerga mesmo em segundo plano.
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